Publicação de Instituto Localiza

Por aqui, temos aprendido que a inclusão acontece quando quem chega se sente, de fato, ouvido. Na preparação do nosso programa Companheiro de Rota, a Fernanda Noronha Inácio lembrou que muitas vezes, o que as pessoas mais precisam não é de uma resposta, mas de espaço para falar. Escutar vai muito além de ficar em silêncio. É um exercício ativo de estar disposto a ouvir até aquilo que a gente não gostaria. É baixar a guarda e saber que, quando alguém se sente ouvido, é mais provável que também esteja disposto a ouvir e a repensar seus próprios pontos de vista. Aqui vão algumas dicas que a Fernanda compartilhou com a gente e que podem fazer diferença em qualquer conversa, seja no trabalho ou na vida: ✅ Faça três perguntas a si mesmo antes de começar uma conversa importante: 01. Por que estou ouvindo essa pessoa agora? 02. Do que ela precisa de mim: acolhimento, solução ou apenas espaço? 03. Estou disposto a ouvir algo que eu talvez não queira escutar? ✅ Pratique o “espelhamento”. Diga frases como: - “Parece que isso te incomodou bastante.” - “Então o que você está dizendo é…” Isso faz a pessoa perceber que foi realmente compreendida. ✅ Incentive profundidade. Pergunte: - “Me conte mais sobre isso.” - “O que mais você percebeu sobre essa situação?” ✅ Evite interromper com a sua própria história. Deixe o outro concluir antes de compartilhar suas experiências. ✅ Inclua quem fala menos. Pergunte de forma direta: - “O que você acha sobre isso?” - “Tem algo que você gostaria de acrescentar?” Um dos livros que a Fernanda trouxe para nossa conversa foi “Pense de Novo”, do Adam Grant. Ele fala sobre a importância de repensar nossas próprias verdades e ouvir com curiosidade verdadeira, sem a pressa de convencer ninguém. Nós acreditamos que escuta é presença e que criar espaços onde as pessoas se sentem à vontade para falar é um passo fundamental para que se sintam parte de algo maior. Afinal, abrir portas é importante. Mas caminhar junto só é possível quando a gente sabe ouvir.