Quando a herança chega às mãos das mulheres

Quando a herança chega às mãos das mulheres

Atualmente, vemos cada vez mais mulheres construindo patrimônio do zero, à frente de negócios bem-sucedidos, empreendendo e conquistando espaço no mercado. Há, também, aquelas que recebem recursos via herança – e, em alguns casos, não estão preparadas para lidar com o assunto. Nos processos de sucessão, percebo um movimento recorrente: quando as mulheres se tornam herdeiras sem a devida educação financeira prévia – seja após a perda dos pais ou cônjuges –, muitas vezes delegam a gestão patrimonial a homens de confiança do círculo próximo, por um viés cultural. Pode ser o marido, filho (mesmo muito jovem), o genro ou mesmo o amigo próximo. O problema não está em contar com pessoas de confiança, mas em fazê-lo saindo totalmente da mesa de decisão.

Educação financeira é o ponto de partida. Sem ela, corre-se o risco de abrir mão de escolhas cruciais, sem compreender quais riscos estão sendo assumidos em seu nome. Com ela, a mulher sucessora ganha autonomia, senso crítico e capacidade de avaliar propostas – mesmo com o apoio de assessores. E um mito achar que as mulheres não gostam de correr riscos: uma vez compreendendo o produto financeiro, elas sabem exatamente se querem e o quanto querem arriscar.

Investir não exige fórmulas mágicas. O peso maior das boas decisões financeiras está no bom senso. E bom senso as mulheres têm de sobra. Pense em algo simples: muitas vezes, quando organizam o orçamento da casa, são elas que equilibram prioridades, planejam despesas futuras e sabem quando vale a pena esperar para comprar algo. Essa mesma lógica, aplicada ao patrimônio, isso já é metade do caminho para uma boa decisão de investimento.

Clareza é um direito, não um luxo. Se o produto financeiro não é compreendido, a sucessora não deve investir. A responsabilidade é do assessor em explicar de forma clara e acessível – sem jargões ou estrangeirismos desnecessários.

Três lembretes práticos para mulheres sucessoras:

1.     Invista apenas naquilo que você entende.

2.     Se a explicação parecer complexa, questione – talvez a comunicação não esteja adequada.

3.     E, acima de tudo: não saia da mesa. O patrimônio é seu, e as decisões também devem ser suas. Herança se recebe. Protagonismo se constrói.

Excelente reflexão! A educação financeira é, sem dúvida, uma ferramenta poderosa para que mais mulheres assumam com segurança e autonomia o protagonismo na gestão de seu patrimônio.

BTG Pactual Excelente iniciativa! 👏 A educação financeira é realmente um pilar essencial para fortalecer o protagonismo feminino na gestão patrimonial. Incentivar esse preparo é também abrir caminho para uma liderança mais diversa e consciente no futuro.

Texto necessário. Educação financeira é autonomia, e protagonismo também se aprende. Que mais mulheres estejam à frente das próprias decisões.

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