As culturas indígenas não pararam no tempo

As culturas indígenas não pararam no tempo

Nos últimos anos vimos surgir e crescer em importância a figura do influencer, uma pessoa pública que graças a sua fama influencia os seguidores seja no jeito de pensar, de vestir, de consumir, se comportar e por aí vai.

Chegou a vez no Brasil dos influencers indígenas ganharem espaço trazendo muito conhecimento e ajudando a combater o preconceito que ainda se tem com o indígena no Brasil.

Tal preconceito vem da ignorância e do desconhecimento que a sociedade não-indígena tem dos povos originários do país.

Apesar de inúmeros povos indígenas habitarem as matas desse imenso pedaço de terra, muito antes dos portugueses chegarem aqui e chamar tudo de Brasil, hoje em dia pouco se sabe das tradições, das línguas e até do papel das comunidades indígenas para preservação do meio ambiente.

Aliás, as áreas de vegetação mais preservadas no país são justamente as ocupadas historicamente por indígenas.

Esse desconhecimento faz com que se pense nos indígenas como povos parados no tempo e não como sociedades em movimento como todas as outras. Por conta disso, se vemos um indígena usando celular e vestindo calça jeans, logo vem um desavisado dizer que ele não é mais índio. Esperam deles que sejam os mesmos de 500 anos atrás, como se as sociedades não mudassem.

Para contar todas essas coisas e muito mais, temos atualmente vários influencers indígenas fomentando uma diversidade de posições e de conteúdos que se pode consumir nas redes.

Tukumã Pataxó, @cMaira Gomez, Cristian Wari’u e tantos outros influenciadores usam a rede como um meio para desfazer estereótipos, mostrar a riqueza e a beleza da cultura indígena.

Se antes a desculpa para não conhecer e combater o desconhecimento sobre povos indígenas era que estavam muito distantes de nós, agora esse argumento é falho, uma vez que temos diversas pessoas dispostas a compartilhar a sua cultura na internet.

Mais do que nunca, há muito conhecimento disponível na rede, basta termos iniciativa de aprender.


Joelma Melo

UX Researcher com background em Antropologia e foco em Customer Experience. Traduzo comportamentos em decisões estratégicas que fortalecem a relação entre marcas e clientes.

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Post essencial.

Davi Lui

Sociólogo | Relacionamento com Comunidades | Desenvolvimento Humano e Social | Gestão de Conflitos | Consultor | Palestrante | Mestrando em Meio Ambiente.

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Recebi um pajé Huni kuin de 25 anos em minha casa, quando eu também tinha 25 anos. Ele ficou uma semana, mas o que trocamos ficará comigo a vida toda. Os ritos e mitologias são elementos importantes para se preservar a cultura, o engajamento e o futuro das comunidades.

Damaris Schabuder Fernandes

terapia de marca | negócios com propósito | liderança feminina

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Um dos melhores podcast que ouvi foi de uma entrevista com a 1°chefe de cozinha indígena, a Kalymaracaya, ela é da etnia Terena. Foi sensacional ouvir a partir dela sobre a alimentação indígena. Infelizmente, essa visão do índio é bem enraizada dentro de nós, mas também, não nos dispomos a conhecê-los e compreendê-los.

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