Fake News: pandemia, sociedade na construção da informação, jornalismo e checagem de notícias
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Fake News: pandemia, sociedade na construção da informação, jornalismo e checagem de notícias

Desde a prensa móvel de Gutenberg até os dias atuais, com o avanço das novas tecnologias, a maneira de fazer jornalismo mudou e muito. E, com a chegada da pandemia, o trabalho da imprensa acelerou em meses, o que se faria em anos. Junto a essa velocidade, reforçou ainda mais o disparo das Fake News em sites e redes sociais.

Páginas pessoais existem desde os primórdios da rede e, com o passar dos anos, as plataformas digitais possibilitaram a participação do público na construção de conteúdos denominada Inteligência Coletiva.

Outro ponto importante a mencionar, é a hipótese da Agenda Setting, criada Era da comunicação de massa, na década de 70, pelos pesquisadores americanos Maxwell McCombs e Donald Shaw. A teoria é um tipo de efeito social, em que o público pauta a mídia com os assuntos que deseja consumir.

No exercício do jornalismo profissional, é importante obter o feedback da sociedade. Se por um lado, ela pode ser um dos tijolos para facilitar a construção da informação, por outro, a fake news é o muro alto que separa a verdade, e causa destruição e desinformação.

No livro," Como sair das bolhas", da autora Pollyana Ferrari, ela aborda que:

“Notícias falsas são propagadas pela tecnologia com seus algoritmos e robôs (boots) em velocidade assustadora. Em questão de minutos viralizam para o bem ou para o mal.” (pág. 61)

Em mais de um ano de pandemia, quantas notícias falsas você já viu?

Assuntos que envolvem vírus; máscaras; álcool em gel; medicamentos; vacinas e caixões vazios em valas comuns se espalharam pela rede. Você, certamente, deve ter recebido alguma dessas notícias em grupos de WhatsApp.

“As notícias falsas só existem porque as pessoas precisam de notícias, verdadeiras ou não, para alimentar as próprias certezas.” (Pollyana Ferrari, "Como sair das bolhas", pág. 62)

Percebe-se que neste universo vale tudo para ganhar cliques e likes. Os compartilhamentos ocorrem em segundos, as pessoas não costumam checar e, geralmente, acreditam no que está escrito.

O internauta chega às notícias cada vez mais a partir de navegação fragmentada pela interatividade das redes sociais, ou por buscas em ferramentas on-line, e cada vez menos pela homepage editorial.

Para ajudar a desacelerar o crescimento das fake news, os jornalistas podem utilizar alguns pontos de sistematização na produção de notícias:

  • Tags: orientam o jornalista como o conteúdo será consumido;
  • Pirâmide invertida: A narrativa clássica jornalística é mais valorizada e indexa melhor no Google. Ela prioriza a busca de títulos; subtítulos; primeiro parágrafo; negritos e itálicos; e último parágrafo;
  • Fact-check: O campo auxilia no banco de dados da plataforma de publicação e sinaliza se o conteúdo é verdadeiro ou falso. Assim, antes do leitor clicar na notícia, o Google avisa se é uma fake news. 

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